A Gestão Pública de uma cidade deve, continuamente, investir no planejamento urbano, haja vista o crescente número de pessoas nas cidades. *Por Ana Carolina Pereira

Tornar uma cidade inteligente tem como foco utilizar os recursos já existentes junto a tecnologias e melhorar serviços prestados à população, aumentando sua qualidade de vida e desenvolvimento econômico. Neste artigo, vamos demonstrar qual o papel das Cidades Inteligentes para a Gestão Pública, suas relações e desafios.

Qual a relevância das Cidades Inteligentes para o a Gestão Pública?

Segundo estudo apresentado pelo IBGE em 2018, a população brasileira deverá crescer continuamente nos próximos anos, sendo seu pico até 2047, com 233,2 milhões de pessoas. E até 2060, cerca de um quarto da população (25,5%) deverá ter mais de 65 anos.

Com o aumento do número de pessoas nas cidades brasileiras, crescerá a demanda por serviços públicos. Sendo necessário investir em setores, como o de planejamento urbano para expansão consciente de cidades, segurança, mobilidade urbana e preservação do meio ambiente.

Isso demonstra que a procura por soluções que unam tecnologia, criatividade e uso racional de recursos financeiros, se tornem uma necessidade para a administração pública. É preciso ter um olhar realista voltado para o futuro, para que gestores públicos possam projetar um desenvolvimento urbano com eficiência, e que não seja dependente de ciclos políticos, mas sim econômicos.

E como isso pode ser feito?

Com um mundo que está cada vez mais conectado, temos a disposição uma enorme quantidade de dados que são gerados a todo momento por cidadãos via plataformas digitais, aplicações colaborativas, serviços públicos e particulares, dentre outras fontes e tecnologias já conhecidas. Isso tudo torna esse momento importante para o setor público, que deve compreender melhor esses dados e tecnologia, para assim integrá-los e utilizá-los em benefício da população, formando a base de uma cidade inteligente.

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Temos cada vez mais dispositivos avançados que utilizam IOT e o desenvolvimento de soluções voltadas aos centros urbanos, de forma a ajudar os governantes em suas tomadas decisão, e com essa conexão de infraestrutura local, serviços e população, também é possível entender melhor as necessidades, propensão e características de cada município.

Um bom exemplo da organização de dados e disponibilização de informação a prefeituras e cidadãos, é o que a Hubse Tecnologia vem realizando com o programa Cidades Saudáveis, onde temos a integração de todos os dados da saúde pública de uma ou mais cidades. Os dados são coletados, analisados e geram indicadores no formato de painéis dinâmicos que podem ser acessados tanto pelos gestores das cidades, quanto pelos cidadãos, auxiliando principalmente no controle de casos do novo coronavírus, mas que pode se adequar a outras enfermidades dependendo da necessidade de cada cidade ou região.

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E quais são os desafios da Gestão Pública?

Apesar do setor público estar demonstrando uma maior disponibilidade para investir em tecnologia da informação e comunicação para tornar processos mais rápidos e eficientes, existem fatores que dificultam o desenvolvimento contínuo dos serviços. Como por exemplo, a dificuldade de articulação com os diferentes segmentos da sociedade.

Também existe resistência a mudanças, o que impacta a inovação do setor público. Isso pode ocorrer devido ao não conhecimento de recursos tecnológicos, necessidade de que todos os procedimentos a serem adotados estejam de acordo com a lei, dentre outros fatores. No âmbito de contratações de fornecedores e obras, os gestores devem cumprir a Lei de Licitações 8666/1993 e se permanecerem atentos as indicações dos órgãos de controle. Infelizmente isso retarda a adesão de iniciativas que elegem a agilidade e a eficiência.

Vemos que há um caminho burocrático e rigoroso a ser seguido pelo setor público, que necessita de aperfeiçoamento de leis e mais Parcerias Público-Privadas, para garantir uma maior agilidade nos processos de tornar nossas cidades mais inteligentes e conectadas, garantindo assim um novo modelo de gestão, que se preocupa com o desenvolvimento das cidades em todos os seus setores e o futuro das próximas gerações.

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Fontes: (LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993); (Projeção da População 2018: número de habitantes do país deve parar de crescer em 2047).