Ensino remoto ou ensino presencial? Relato nesta experiência uma necessidade de quebrar paradigmas. O melhor ensino é aquele que se adapta ao aluno! *Por Déborah Pires 

Durante toda minha trajetória acadêmica e profissional, estudei de forma presencial e remota (síncrono e assíncrono). E percebi ao longo dessa trajetória os avanços na área da educação à distância. 

Diferença entre aula síncrona e assíncrona no ensino remoto

Um pequeno parêntese para contextualizarmos o que significa aulas síncronas e assíncronas. De acordo com o dicionário, síncrono refere-se ao a comunicação que ocorre de forma simultânea, ou seja, a mensagem é recebida e pode ser respondida na mesma hora. Nesse sentido, as aulas síncronas acontecem ao vivo, com alunos e professor na mesma sala virtual, interagindo por som e imagem.

Já o assíncrono, não tem essa possibilidade de troca simultânea. Sendo assim, a professora ou o professor utilizam alguma plataforma virtual para subir um arquivo de vídeo e/ou outros conteúdos. Sendo, portanto, uma aula gravada, em que os alunos podem assistir quando puder e quantas vezes quiser.

Confira alguns cursos nesta modalidade: Procurando por cursos de Smart City? Estude com o Instituto Hubse!

Ensino remoto x Ensino presencial: uma experiência real

Quando eu escolhi uma faculdade, decidi por uma que ficava cerca de 20 km da minha casa. Tinha que acordar às 5 horas da manhã para chegar a tempo do primeiro horário. Perdia bastante tempo nesse deslocamento. Na época, em 2008, a educação à distância sofria bastante preconceito. Os métodos de ensino não eram tão eficientes e existia uma barreira cultural, onde a educação à distância era vista como uma forma “pior de educar” do que a presencial. Quanto a isso, de acordo com os dados do Censo da Educação Superior, apenas 16% dos alunos escolheram a modalidade de educação à distância em 2009. 

Parte dessa percepção não era mentira. No ano de 2012, iniciei uma pós-graduação também na modalidade presencial e mais uma vez me via “perdendo” tempo no deslocamento para participar de aulas que nitidamente poderiam ser ministradas no modelo online síncrono e até mesmo assíncrono. Em ambos esses cursos, existia uma ou duas matérias no máximo à distância. 

Em 2018 eu concluí um MBA 100% online, pela USP. As aulas eram ao vivo uma vez por semana e ficavam gravadas para serem assistidas posteriormente. Tinha exercícios e provas para entregar na plataforma online e as aulas ao vivo eram basicamente um professor, com uma apresentação compartilhada na tela, falando como se estivesse em uma aula presencial.

O espaço da modalidade EAD, suas possibilidades e seus desafios

Para termos uma ideia dos números, em 2019, de acordo com os dados do Censo da Educação Superior, houve um aumento de 379% do número de matrículas de alunos EAD nos cursos de graduação. A modalidade EAD vinha ganhando espaço, as tecnologias ao longo do tempo também foram evoluindo para que o conteúdo entregue aos alunos fosse cada vez de maior qualidade. 

Mas mesmo com o aumento do número de matrículas nessa modalidade de ensino, acredito que parte desse preconceito à educação à distância ainda exista porque as instituições não se preocupam em alterar a forma como o conteúdo é passado ao aluno. Não há um esforço e cuidado massivo em disponibilizar conteúdos de diferentes formatos. Poucas são as instituições que inovam. 

Durante a pandemia, não só as instituições de ensino, mas também todas as corporações tiverem que forçadamente mudar para o modelo remoto de trabalho e de ensino. Não só as instituições e professores, mas também os alunos tiveram que se reinventar para continuar estudando durante o período de isolamento social. 

Você também pode se interessar por esse artigo: Afinal, qual o propósito de educar e de aprender?

Quebrando paradigmas!

Esse movimento, acelerou algo que já era tendência. Acelerou investimentos na área, mudança de mindset e quebra do preconceito que o ensino online é pior que o ensino presencial. Claro que há muito ainda o que ser melhorado. Precisamos pensar em toda uma experiência do aluno nas plataformas, para garantir o aprendizado real e não só o cumprimento de lições e provas. 

Aumentar engajamento, ampliar o networking e diversificar as formas em que os conteúdos são apresentados são apenas alguns itens que precisam ser levados em conta para a mudança acontecer. Vamos cada vez menos escutar “EAD” para lidarmos com termos que envolvem “LMS” e “LXP”. 

Me conta um pouco como foi sua trajetória de ensino. Você também vê que estamos avançando? O que para você ainda precisa melhorar? 

Conheça a plataforma do Instituto Hubse

Recentemente, lançamos a nova plataforma do Instituto Hubse

A nova plataforma conta com um ambiente moderno e intuitivo, com cursos nas categorias de Smart CityGeotecnologias e Educação. Trouxemos algumas mudanças para esse novo ambiente, como os pacotes de assinatura, cursos e conteúdos de parceiros, fórum de discussão entre alunos, exercícios e muitos materiais de apoio nas aulas.

Fontes: (Principais desafios da educação a distância no Brasil: quais são e o que fazer para superá-los); (Censo da Educação Superior 2019); (Aulas Síncronas ou assíncronas?).