O conceito de “Cidades Inteligentes” ou Smart Cities vem ganhando a mídia e muitos se perguntam: afinal, o que caracteriza uma Smart City?

Por Grazielle Carvalho.* 


Conceito de Smart City

No geral, consideramos uma cidade inteligente aquela que atende alguns ou todos os critérios a seguir: participação cidadã, transparência, livre acesso a informação, melhoria na qualidade dos serviços prestados, eficiência no uso dos recursos (materiais e imateriais), uso de tecnologias, valorização da história local, melhoria na qualidade de vida da população, e sobretudo: proporcionar um ambiente atrativo para todos. Além destes, o processo de tornar uma cidade mais inteligente também dialoga com outras linhas do planejamento territorial mais humanísticas e com viés de equidade e justiça social, como é o caso dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, cujo lema é “crescer sem deixar ninguém para trás”.  

Ao falarmos de cidades inteligentes precisamos considerar a realidade local, o seu contexto histórico e geográfico, afinal não dá para usar os mesmos parâmetros de comparação entre um município com menos de 10 mil habitantes no interior do Brasil e uma grande cidade como Paris ou Barcelona, por exemplo. Portanto a compreensão do seu passado, um diagnostico do cenário atual e a compreensão do onde queremos chegar é imprescindível e obrigatório para uma cidade inteligente, afinal, Ser Smart é ter informação confiável e atualizada sobre o território para auxiliar no processo de tomada de decisão.


O processo de se tornar “smart”

Enquanto na Europa, cidades inteligentes perpassam muito pelo uso da tecnologia, com um grande viés de inovação tecnológica e robótica, no Brasil, é Smart aquela cidade que já conseguiu atender aos parâmetros básicos de saneamento, infraestrutura, educação e segurança pública, e que, apesar da baixa nos repasses de recursos, consegue ter eficiência nos processos, pagar os salários em dia dos seus funcionários e ainda atender os indicadores sociais e ambientais. É uma cidade que consegue ter dinamismo a ponto de ter um planejamento estruturado, com metas bem definidas e trilha esse percurso com responsabilidade fiscal e socioambiental.

Para conseguir trilhar este caminho, precisamos, antes de qualquer ação, entender a cidade e definir exatamente o que é a comunidade, pois todo o processo de construção de uma cidade inteligente tem o foco nas pessoas. Esse processo relaciona-se diretamente com a Geografia, pois busca compreender os padrões espaciais, as tendências (evolução no tempo), os relacionamentos, as conexões, os fluxos de pessoas e mercadorias e suas correlações no espaço geográfico. Dessa forma, precisamos, no curso desse processo, responder as perguntas norteadoras: O quê, Por quê, Como, Onde, Quando, Quem, Quantos, Quais? E precisamos, também, buscar o seguinte:

Estudar a Cidade e a Comunidade: O que é e por quê queremos uma Smart City?

Desenvolver uma política de cidade inteligente: Criar planos e estratégias sobre como os objetivos serão alcançados (Como? Quando? Onde?);

Envolver os Cidadãos: Todo o processo parte do empoderamento dos cidadãos e da participação dos mesmos (Quem, Quantos, Quais?).


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Smart city

Grazielle Carvalho – Geógrafa, Doutora em Modelagem de Cenários para o Planejamento de Territórios Smarts, Especialista de Soluções na Hubse. Email: grazielle.carvalho@hubse.com.br.