A distribuição da vacina no Brasil caminha a passos lentos, por falta de insumos, de estratégia e de monitoramento, o que prejudica atingir a imunização da população. *Por Thaís Perez
Brasil deve atingir imunidade de rebanho da COVID-19 só em 2022
A imunidade de rebanho, também conhecida como imunidade coletiva é uma técnica de imunização que ocorre quando determinada parcela da população é imune a uma doença, fornecendo proteção indireta devido ao desenvolvimento de anticorpos contra o agente causador da doença. Neste caso, a imunidade de rebanho pode ocorrer de duas formas:
- através da vacina; ou
- naturalmente, ou seja, quando uma grande parte da população é infectada e se torna imune.
Em alguns casos, a imunização de forma natural pode ser razoável para doenças menos graves, como a catapora. Todavia, para doenças mais graves como a situação do SARS-CoV-2, a realidade é diferente e pode ter um cenário catastrófico.
Segundo o artigo da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, o número de mortes causadas pela covid-19 faz com que pesquisadores acreditem que a imunidade de rebanho para o novo coronavírus deve ser vacinal, e não pelo contato direto com a doença. Além disso, ainda é preciso entender como o nosso sistema imune responde à presença desse vírus no organismo.
Considerando todas essas questões, a Airfinity (principal fonte de informações e inteligência sobre o ritmo de vacinação global), estima que o Brasil levará mais um ano para atingir a imunidade de rebanho. Além disso, eles avaliam que o país só vai concluir a vacinação de 75% da população contra a Covid-19 em abril de 2022.
Falta de estratégia na distribuição da vacina pode prolongar o processo de imunização
Nessa situação, estratégias bem definidas sobre como distribuir as vacinas para os grupos prioritários e posteriormente, para toda a população, contribuem para atingir a imunização coletiva. Uma vez que é possível monitorar e identificar as quantidades de doses necessárias por habitantes.
Até sábado (03/04), o Brasil aplicou 24 milhões de doses de vacina contra a Covid-19, a maioria apenas primeiras doses, resultando em um baixo percentual de pessoas completamente imunizadas, apenas 2,49% da população brasileira. Neste contexto, a ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues, afirma que esse processo da distribuição da vacina será difícil de ser acelerada em abril, por falta de doses.
Para ela, “o que a gente não vai conseguir, infelizmente, é acelerar. E, possivelmente, mesmo tendo 1 milhão por dia, ainda corremos o risco de alguns municípios ficarem sem vacina. A gente precisaria ter pelo menos de 30 a 40 milhões de doses mensalmente”.
Veja como a inteligência de dados pode apoiar essa dificuldade
A inteligência de dados pode apoiar o monitoramento em tempo real da distribuição da vacina. Sendo possível acompanhar a logística da distribuição. Bem como, compreender quais indivíduos foram vacinados ou não, e a quantidade de insumos disponíveis por cidadãos. Essas, e outras informações, auxiliam no planejamento e execução da campanha de vacinação, de forma eficiente e estratégica.
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